Como o Brasil pode se tornar exportador de energia
Depois de comemorar recordes na produção de barris de petróleo e gás natural, o que falta para que
o Brasil se torne um grande exportador de energia?
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) comemorou um novo recorde
de produção de petróleo e gás natural no país em maio de 2019. Ao todo, foram produzidos 3,474
milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d): até então, a maior marca era de 3,433
milhões, registrada em dezembro de 2016. A produção do pré-sal também alcançou patamares
históricos, responsável por 60,7% do total produzido no Brasil no mês, com um total de 2,106
milhões de boe/d.
Em julho de 2019, o governo brasileiro anunciou o programa Novo Mercado de Gás, que busca
reduzir o preço do insumo em até 40% nos próximos dois anos, incentivando o aumento de
investimentos e diversificando o número de empresas que atuam no segmento no Brasil. A ideia é
criar um ambiente de mercado para aproveitar o aumento da oferta do gás das áreas do pré-sal.
Atualmente, o País não é autossuficiente na produção de gás e ainda importa parte do que consome.
No entanto, com uma maior abertura de mercado e novas regulamentações, é possível que a
produção cresça ainda mais e o Brasil possa, inclusive, se tornar exportador de energia. Para isso, é
preciso ficar de olho nas tendências globais e aumentar a eficiência energética do país, confiando,
por exemplo, na capacidade de produção do gás natural para diversificar a matriz energética
brasileira, que passaria a incluir termelétricas abastecidas pelo combustível.
Indústria 4.0
Embora o setor de petróleo e gás já conte com diversas tecnologias associadas, ainda é possível
encontrar processos que não são medidos e que podem influenciar nos resultados. Por isso, as
empresas que buscarem uma maior digitalização do processo produtivo (e assim tornarem possível
analisar dados em tempo real) terão vantagens estratégicas para tomar decisões operacionais mais
rápidas e eficientes.
Termelétricas de ciclo combinado
As usinas de ciclo combinado produzem energia com a queima do gás natural e ainda conseguem
reutilizar os escapes da produção para produzir vapor e girar uma segunda turbina – assim, geram
mais energia com a mesma quantidade de combustível. Termelétricas desse tipo apresentam um
rendimento de cerca de 70%, o que é muito superior às termelétricas de ciclo aberto, mais baratas e
rápidas de se construir. No entanto, apesar do custo mais elevado, uma melhor eficiência energética
traz retorno econômico em longo prazo.
Plataformas modernas
Hoje, grande parte do gás natural produzido no país vem do pré-sal. A exploração offshore desse
reservatório acontece por meio de atividades de perfuração em profundidades maiores, contando
com tecnologias mais modernas resultantes de parcerias realizadas pelas empresas de
Exploração& Produção com empresas de tecnologia como a Siemens, universidades e pesquisadores.
Plataformas mais modernas e eficientes, garantem flexibilidade operacional com equipamentos de
alta tecnologia que atuem em grandes profundidades. Isso significa que equipamentos mais novos
trazem redução de custos, com menos manutenção e aumento de produtividade.
Infraestrutura
O sistema de escoamento do gás natural produzido no Brasil ainda é muito limitado, com poucos
gasodutos e muita concentração no litoral do país. Para que o gás natural possa ser uma opção viável
para diversificação da matriz energética do Brasil, é preciso conectar o insumo aos principais pontos
de consumo. A melhoria da infraestrutura levará ao aumento do uso do gás na geração de energia e
em processos industriais, o que é essencial para que o país se torne um grande exportador de energia.
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